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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Morfeu

Desiludo-me do livro antes crédulo no ser
No qual se recostavam minhas formas do viver
Em prol da revelada iminência do fluir
De vozes pelas veias inspiradas a ruir.

Seriam fogos de artifício a habilitada alegria?
Nela, se comportam, afinal, as orquestradas energias
Retirando-me do eixo de equilíbrio pelo mar — a porta aberta —,
A sonegar, da latitude, minhas mórficas arestas.

Ah, meu suicídio!
Por que, involuntário, não me oprimes?
Lânguidas têm sido tuas garras e origens...

Qual se tem tornado a relevância de meus dias
Se, por meus passos, há desonra em calmaria?
Há desfalque em demasia em meus conteres
Engajados neste pranto em que se fazem meus deveres.

Mórbido comício —
Reumatismo em meu pulsar do dia em vida —,
Em que se vulgariza minha insólita apatia.

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