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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Perdoa-me, beldade minha

Perdoa-me, beldade minha,
Por faltares de meus tatos,
Pela impercepção da despedida,
Pelo incomensurável triste fato.

Tentei dizer adeus ao nosso adeus,
Pintar um Sol à nossa nova poesia,
À maresia, abster-me de entrelinhas,
Jamais ser, novamente, conhecido por Romeu.

Em vão, ao ilusório lustro, é a tentativa
Dos recortes à composição do quadro hoje meu
Em cujos vales e planícies, sorridente, co-habitas
A mostrar-me que rendido sempre estive aos lábios teus.

Tornar-se-iam irrisórios solfejares de canários
Ao notar dos paladares da ausência reprimida
Desta dama que és em brasa à balística da vida
Em que me deito corriqueiro a desnudar-me de cenários.

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