A cada empurrão e investida,
A cada punho que grava em minha face,
A cada valsa pela “terra mais garrida”,
A cada estrume que tu dizes ser minha arte...
A cada esquiva por esquinas da cidade,
A cada peça de teatro não cumprida,
A cada beijo que tu dizes ser miragem,
A cada sangramento que arrancas desta língua
Que tentava te beijar passivamente
E recebera um troco atroz viçosamente...
Em meio a tais vergões, meu coração se posta em xeque
E tem a dúvida sobre quem se deve amar:
Se a garota em rebeldia sob o leque
Ou a mulher a quem jamais se deve olhar.
É a segunda um alguém por desapego
(De nada dela há de se aprender),
É a primeira um erro algoz, massivo, certo
Em que se faz a serenata de alegria, de amor e de prazer.
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