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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Prantos

Minhas pálpebras estalam quando vejo seu sorriso
Aqueles olhos me cativam, me reservam o impossível.
Pelas ruas, ando só a imaginar seus dons queridos
Que destina a outra dama — porque é comprometido.

Olho àquela boca a cada dia?
Ela manifesta a sabedoria acalentada em seu íntimo,
Seja me fazendo dar risadas, seja demonstrando galhardias
Da honra fúlgida que move o batalhar do intenso ritmo.

É o companheiro dos meus sonhos —
Aquele, outrossim, que eu desenhava no papel
Sempre que a infância tinha encontro
Com a mulher que eu seria após despir-me de meu véu.

Minhas lágrimas tornaram-se incontidas,
Pois passaram a ter autodisciplina
Ao ouvirem pranteares de meu coração,
O qual se recusa, em relação àquele gajo, trabalhar em solidão.

Ele se ergue em meio a chuvas e eclipses
(Sua futura esposa deve estar tão orgulhosa!)
Por que eu não consigo, como ele o fizera, dar adeus ao meu destino?
A chuva se intensifica — por que é comprometido?

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