Seja bem-vindo!

"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Bacalhau às natas

Recente estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revela que, em 2009, a ceia de Natal dos brasileiros "será a mais barata e farta dos últimos quatro anos".

Consta num comentário do Correio Braziliense sobre o estudo: "A carne, item de maior peso nas compras, recuou, em média, 7,2% no período. O alívio no bolso do brasileiro foi motivado por um dólar desvalorizado frente ao real, o que barateou os importados. Houve ainda um aumento na oferta doméstica de produtos, causada por uma super safra e queda nas exportações"¹. Embora uma pequena inflação atinja as famílias mais desfavorecidas economicamente, produtos como azeite, frango, lombinho suíno e couve também tiveram os preços reduzidos. Uma grande queda de preço fica por conta do bacalhau (17,09%). "E o consumidor não terá de fisgar o pescado entre o mar de batatas", afirma uma matéria de Valéria Mineiro e Ana Paula Viana, do diário Extra Online.
Entre diversas receitas da bacalhoada, uma que me despertou interesse, por tê-la visto também à televisão, foi o "Bacalhau às natas"² (natas é o nome dado ao creme de leite — utilizado na receita — em Portugal, terra onde o bacalhau é mais que tradição).


O bacalhau me conduzira à lembrança de certo e-mail, encaminhado por minha mamãe, que recebi há uns dias. Não costumo abrir e-mails cujos títulos são precedidos por "Fwd: Fw: Fwd: Enc: Enc: Fw" (pois só podem ser correntes), mas nesse caso, em especial, fugi à regra.
Em formato slideshow, o texto, intitulado "Peixe Fresco", tratava da questão da pesca nos mares aos arredores do Japão. Gostaria de expor seu contéudo nas linhas abaixo.

Peixe Fresco
(Autor desconhecido)

Os japoneses adoram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca.
Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo o peixe levava para chegar. Se a viagem de volta levasse mais que alguns dias, o peixe não era mais fresco. Os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.
Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pescadores fossem mais longe e ficassem em alto-mar por muito mais tempo.
Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos.
Então as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar os peixes nos tanques como "sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.
Como os japoneses resolveram esse problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?
[...] A solução é bem mais simples. L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50: "O homem progride, estranhamente, somente perante um ambiente desafiador". Quanto mais inteligente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo-a-passo, conquistar seus desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo" e fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.
[...]
"Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você pode chegar..."
"O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte". (Nietsche)

Creio que o texto, por si só, se tenha auto-explanado. Contudo, gostaria apenas de fazer um breve parecer.
A vida é, deveras, grandiosa. E por ser tão grandiosa, precisa provar que o é por meio de valiosos ensinamentos que, por sua vez, nos fazem dar valor a ela e sentir orgulho de viver e de aprender por toda a nossa existência. Lutemos pela vitória, mesmo sem haver a compreensão do real motivo que nos leve a lutar. Dessarte, não nos restarão arrependimentos.



NOTAS:


1. PIRES, Luciano; MARTINS, Victor. Ceia de Natal vai ser a mais farta e barata dos últimos quatro anos. Correio Braziliense. Economia. 08 de dezembro de 2009.
2. Bacalhau às natas. Confira receita no site: http://www.bacalhau.com.br/receitas/natas.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário