Seja bem-vindo!

"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Castelo de cartas

A indústria cheira cola,
A indústria compra “crack”.
Viciados pedem esmola
Pra virarem nossos craques.

Quanta droga há no sangue,
Quanto sangue há nos ares,
Quantas mais serão as gangues
Que nos matam os pomares.

Pormenores de vantagens
Que nos saltam os olhares.
Incertezas e chantagens
Que nos chegam aos detalhes.

Assim fica difícil
De viver sem nenhum vício.
Assim nos cortam fios
Que nos protegem de arrepios.

Uma flor é atropelada
Pego, de ônibus, em flagra.
Será mais uma simpatia?
Por que matam essa vida?
Marcas do que fui agora
Mostram que a verdade ainda está lá fora...

Você desce pra beber o seu café
E me faz ser mais completo da cabeça aos pés...

As pessoas não resistem ao que acham ser incerto
Assim como “garotos não resistem aos seus mistérios”¹.
Continuo, ainda, sendo um garoto, uma pessoa,
Que hasteia suas letras e faz delas sua força.

Você desce pra beber o seu café
E me faz ser mais completo da cabeça aos pés.
Você escala o meu morro pra me ver
E não liga se sou pobre, se sou pouco, se sou Rei
Do castelo de minhas cartas postas fora do baralho
Que detém as suas armas que não causam nenhum estrago.

Nenhum comentário:

Postar um comentário