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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

sábado, 11 de setembro de 2010

Manhã no metrô

Basta que se vá ao trabalho para notar que é tudo errado.

"Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada..."¹

O transporte público, mais uma vez, nos deixa na mão nesta sexta-feira 10. Dia gostoso no clima natural, mas tão ridículo em clima comportamental. Pessoas se degladiando pelo centímetro quadrado do metrô, agente da(s) falha(s) de hoje — que, talvez, sejam reflexos límpidos das altas pessoas a se degladiarem por poder.
A paralisação que o metrô nos dá de presente, sem que, ao menos, se coloque a se paralisar... E mais alguém se mata. Por que não o faz em casa, sem "atrapalhar" toda a 2ª maior cidade do mundo? A metrópole em meio ao caos: escolher o local do suicídio — opção mais que absurda! A ligação cai antes que a ficha o faça...
Porcos entre as ruas, dinheiro à penumbra, o pavor nunca diz, mas se arruma, expõe, ataca. Clientes falecidos entre dívidas, pessoas preocupadas com o fim de um só dia — e não com o fim dos seus dias —, com mais um capítulo de mais uma novela preferia. Progressão aritmética (ou seria geométrica?). Facetas de um mesmo firmamento prometido, dado por motivos de umas guerras e conflitos; por vezes terminado em tesouro proibido.
Mulheres tão vulgares nos metrôs sem mais lugares. O vagão se transformara em trens de carga, enquanto não obedecemos aos sentidos das escadas. De quê adianta se gabar por ser destro? Desde a Idade Média, a Igraja se fazia em tal equívoco: ninguém canhoto! Braços esquerdos amarrados!
Os castelos medievais... Suas torres e escadas espirais...
As escadas eram espirais não somente por estética (nem um pouco por estética): os cavaleiros ao mais alto dos castelos. À descida em caso de invasão, o combate se desenvolvia nos degraus das escadas. Uma vez que eram espiraladas em sentido horário, os invasores precisariam se utilizar da mão esquerda no manuseio das espadas. Os defensores, por sua vez, destros, as espadas empunhadas à mão direita, obtinham tal vantagem.
Quem será que ganhava?
Seja como for, os castelos medievais não eram brancos com bandeirinhas vermelhas nas pontas, como nos desenhos de Walt Disney. Eram, em sua maioria, torres de blocos rudimentares. Não havia grandes sacadas ou varandas. Como se poderia haver segurança contra os hábeis arqueiros se se contava com tais espaços? Nem mesmo janela tinha. No máximo, eram cubículos entre um e outro blocos a fim de trazer ventilação — sim, os ambientes eram totalmente úmidos, como celas das mais precárias das prisões. Nem mesmo os nobres sabiam ler. Era um pdoer também voltado à Igreja. A fé não pode se sobrepor à vida, principalmente do ser humano. Têm de estar juntas, se auto-complementando.
Conter-me-ei a não falar acerca das lasquinhas da cruz de Cristo.

Vejamos... Toda essa história só apra que nos lembremos das mãos do trânsito; da inutilidade de se orgulhar por ser destro... Ah! E também que nos lembremos do bolo do aniversário de São Paulo em paralelo à lembrança do bolo capital inglês...

É triste e humilhante tomar o metrô com sua namorada e ver que ela, claustrofóbica, sua e passa mal por entre os túneis de nossa grande cidade. Nem mesmo um carro ou um táxi que seja, algum local seguro em meio a tal inferno.
Além do mais, o povo é baixo (fico feliz por sermos baixos somente em altura; feliz por não conseguirmos segurar com segurança os ferros do metrô). Buracos do metrô... O metrô de bons quilômetros incapaz de conter que seja um só metro de sabedoria, da parte das pessoas que nele habitam...
E ainda querem que aqui haja uma Copa...

(Tomara que dê certo...)

Futuramente, haverá mais devaneios acerca dessa Copa...


NOTA
1. Música "Toda forma de poder". Banda "Engenheiros do Hawaii". Compositor: Humberto Gessinger.

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