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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Calau

Vi um calau na camiseta de um gajo
Enquanto torço pela vida, à esquerda do estágio
Em que me encontro arrependido por te deixar à tua Lapa,
Ao dirigir-me ao bom ofício em que fomento nossa estrada.

Calau que remetera à minha infância,
Quaisquer formas de desejos e esperanças
Entre mares e espelhos de bravura e coração,
Ardente às curvas de tua chama — tuas fúrias em paixão.

Conforme consta em certo canto, há marqueses em Calais.
Em prol de minha dama, canto — a argumentar aos tribunais.

Já deves ter chegado à tua Lapa —
E eu estive, por minutos, enganado.
E, por segundo, me mantive inabalável
Até que o frio de tua ausência me prendera às palavras.

Deixa que eu seja o sangue deste teu pulsar
Ilimitado, intangível, decisivo ao paladar
E aos deleites do garoto que se posta
Ao som de um novo telefone que ao amor se faz de rota.

Salve nossa trajetória! — Que a tracemos livremente.
Salve os ares da "stória" que tecemos ricamente
A cada beijo, a cada despedia;
A cada lampejo dado pelo amor aos nossos dias.

Conforme consta em certo canto, há marqueses em Calais.
Em prol de minha dama, canto — a argumentar aos tribunais.

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