Palavra totalmente defendida por tua garra,
Sobre a qual os nossos dias cristalizam
Quaisquer formas de energias relutantes à estrada.
Disseste a mim que rezasse
Por motivo algum, ou mágica qualquer
Da qual, por bons momentos, te afastaste —
A decidir pelo destino, um mal-me-quer.
Por qual motivo?
Admito a razão de tua fúria,
Mas pensei que a razão não fosse o dito;
Pensei que a loucura fosse o rito
Em que jogamos nossas cinzas ao mar de rosas
A molhar alguma praia de uma prosa.
Prosa e verso ao te ver
E a vontade de esquecer
Que fomos juntos e brigamos algum dia...
Prosa e verso ao te querer,
Ao telefone, ao saber
Que somos fortes, construímos uma vida.
O telefone a tocar
Enquanto as mágoas que nutrimos no passado
Retornarão cada qual a seu lugar
Por incentivo à permanência do abstrato.
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