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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Normal

Ainda mais, essa...
Agora, se tornou normal tu me largares
E me condenares aos olhares
De quem não suporta este besouro de Antares.

Por que citaram segurança?
Por que me ensinaste a ler livros
Se, hoje, tu te importas com o luxo da T.V.?

Por que me intrometi co'a esperança
Se, de morta, esboçara o que é destino
E escapara às garras de um bravo ser?

Ainda mais, essa...
Agora, é normal tu me largares.
Corre e torce a que eu não faça o mesmo,
Pois vontade não me falta — há receio.

Espero que, um dia, tu aprendas a mudar
(A não criar subterfúgios...)
Espero que, um dia, tu te ensines a mudar
(A resgatar o meu refúgio...)

Enquanto falam do Terceiro mundo,
Alio a eles esta raiva de um sujo moribundo
Afim de, ao silêncio, enlouquecer
Pela maldita chuva que nos faz retroceder.

Passei ao lado de um lugar que era nosso.
(Passei agora mesmo)
Entendi, de vez por todas, que largaste de propósito
Um bom espelho.

Um mau remédio
Que não ouço;
Um mau remédio
Em meu pescoço.

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