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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Você já foi fã?


Você já foi fã?
Então, provavelmente você saiba o que eu estou sentindo. Não, não... Nem mesmo quem já foi fã sabe o que estou sentindo.

Estamos às 21 horas e 27 minutos do dia oito de outubro de dois mil e dez. Seria mais uma sexta-feira, se não fosse o fato ocorrido há exatos vinte minutos. A banda canadense de rock progressivo, Rush, iniciou seu show às 21 horas, segundo os indicadores e noticiários.
Sou fã absoluto desta banda e não estou no show. Vontade de chorar, tristeza, dor... Não sei se os poderei ver novamente, afinal já são 40 anos de estrada. Uma hora ou outra, a aposentadoria deste fantástico power trio chegará.
É triste perder a chance de ver minha banda favorita em ação, tendo em vista que o preço dos ingressos, em se tratando do Rush, estava muito bom.
O Rush é composto por três integrantes:

Geddy Lee — baixo e vocal;
Alex Lifeson — guitarra e backing vocal;
Neil Peart — bateria.

Resumidamente, o rock progressivo é uma tendência musical em que, não necessariamente, o peso prevalece. O importante — como indica o próprio nome — é o conteúdo da obra como um todo. Geralmente, as letras são narrativas — conta-se uma história/estória com um fundo musical, fazendo com que suas bases se vinculem ao lado intelectual. Outra grande característica do rock progressivo são as músicas longas. O Rush, por exemplo, tem músicas de dez, vinte minutos, todas elas compostas por temas.

Hoje é dos piores dias de minha vida...
Tristeza compartilhada por meu irmão caçula Marcos, detentor de uma linda camiseta do álbum Fly by Night.
O Sol, ironicamente, me dava bom dia por volta das seis horas da manhã, quando eu saía de minha casa ao trabalho. De modo muito sugestivo, comecei meu dia a ouvir a música Subdivisions, do Rush. O baterista Neil Peart é o letrista da banda, por ser também escritor com obras publicadas (quanto à melodia, cabe sempre a Lee e Lifeson), e nesta música, exalta a solidão de quem sofre com as subdivisões da sociedade.

"Subdivisions -
In the high school halls
In the shopping malls
Conform or be cast out

Subdivisions -
In the basement bars
In the backs of cars
Be cool or be cast out

Any escape might help to smooth
The unattractive truth
But the suburbs have no charms to soothe
The restless dreams of youth..."²

Hoje, vivi isso na prática.

Foi legal ouvir o programa O Pulo do Gato — na Rádio Bandeirantes AM —, o qual preenche minhas manhãs diariamente e conferir que seu apresentador, o grande jornalista José Paulo de Andrade, citara o show do Rush, além de fornecer um breve resumo acerca do rock progressivo, cujo conteúdo fora aproveitado às linhas tecidas há pouco no presente texto. O fundo musical do programa ficara por conta da música Tom Sawyer, maior hit da banda e tema de McGyver: Profissão Perigo.

A foto da presente postagem foi o conjunto de presentes que minha namorada Larissa me dera por ocasião do último Dia dos Namorados. Talvez somente entenda o que eu quero dizer. Como podem ver, a camiseta é com o pentagrama do Rush. Eu a usei o dia inteiro como tributo à banda, no intuito de, de alguma forma, participar do show, do meu jeito, mas estar com meu coração junto ao de meus ídolos. E ainda recebi de presente da Larissa o CD Retrospective I, também deles, que reúne todas as minhas músicas prediletas da trajetória da banda, entre elas, a melhor em minha opinião — La Villa Strangiato. Daqui a pouco, enquanto desenharei caricaturas, ficarei ouvindo este CD, da mesma forma que ouvi Rush hoje o dia inteiro em meu Mp3.

Meu grande amigo e irmão mais velho Lincoln Tavares está lá. Boa sorte!!!

Um dia, estarei lá!



NOTA

Tradução do trecho da Subdivisions:
Subdivisões –
Nas salas do colegial
Nos shoppings
Ajuste-se ou fique de fora

Subdivisões –
Nos porões dos bares
Nas traseiras dos carros
Seja bacana ou fique de fora

Qualquer fuga pode amenizar
A verdade pouco atraente
Mas os subúrbios não possuem charme para aliviar
Os sonhos inquietos da juventude...

3 comentários:

  1. Parece que faz um tempo que não passo por aqui...
    xD

    Ah, nada como um tributo em forma de post! Quem disse que não estamos em um lugar quando queremos estar lá?

    Bom post (Y)

    Beijos

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  2. Já tinha dado umas passadas por aqui, mas nunca tinha comentado! Parabéns pelo blog! ;]

    Bom, pelo visto você é fãzaço da banda, não sabia. Aliás, pra você ver meu nível de desconhecimento, nem sabia que Rush era progressivo, achava que era metal >.<"

    Bom post, bem informativo!
    Força, quem sabe um dia o Rush volta? Se não voltar, vai até eles! ;]

    Abraço!

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  3. Suzana, Felipe! Muito obrigado pelos comentários!!!
    Vocês foram de extrema importância!

    Suzana, compreendi o ato de estar presente lá mesmo que não fisicamente.
    Felipe, adorei o final "Força, quem sabe um dia o Rush volta? Se não voltar, vai até eles!", que vem ao encontro do que minha mãe diz.

    Muito obrigado mesmo!

    Forte abraço!!!

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