Como é simples e preciso o sabor da natureza.
Como é rico e infinito todo o brilho das estrelas.As viagens, as paisagens, todo o mundo é tão menino
E o Universo, como um pai, se mostra honesto, irredutível.Surfista, farofeiro, surreal, medieval,
À deriva, à espreita, do vigor sentimental.O Universo vai, se ergue, pelas vigas do destino
E se porta sempre alegre, sonegando o empecilho.
Adoro ver as plantas almoçarem, se banharem,
A Lua cuneiforme, aos galopes, aos olhares
Dos casais de namorados que se beijam nas calçadas
E planejam suas vidas nos altares, nas estradas.
O que dizer dos reis vizinhos, que não moram no azul?
Quê dizer de quem não sabe como é quente o Pólo Sul?
Das naves ou dos aliens que mantêm o seu mistério?
Ou da sina do Egito evadindo o intelecto?
Equilíbrio desequilibrado que nos faz nadar, voar
Em cuidados insensatos que nos fazem ver, sonhar...
Pergaminhos infinitos da certeza do incerto.
Raridade decisiva: eis o nosso Universo.
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