Por que a dor e não o amor?
Por que não frio e sim calor?
Cortemos as escolhas que nos deixam sem escolhas
Façamos das palavras nosso grito que ecoa
(Pelo amor...)
A dor é o verme comunista, marxista
Que nasce do amor capitalista.
Teu frio e teu calor são vermelhos e se unem.
Teus olhos são meu jeito — são duas facas de dois gumes.
Mas por que dar nome aos bois?
Por que fazemos contas pra saber o que são dois?
Por que não somos cegos e vivemos de mistério?
Por que fazer rascunhos do que vem a ser o ego?
De matuto e tosco eu quero ter um pouco
Pra sentir que o teu beijo é algo rico e tão gostoso.
Não chamem o poeta de poeta.
Ele é simples como a nuvem,
Que dá chuva e não tem cor.
Teu rosto sempre vem na hora certa.
E me faz prever meus sonhos
E me faz querer o amor...
Soube ontem que o futuro nos aguarda
Seja como for, empunharei a minha espada
Eu lutarei da melhor forma possível
(E por que não da melhor forma impossível?)
Não chamem o poeta de poeta.
Ele é simples como a nuvem,
Que dá chuva e não tem cor.
Teu rosto sempre vem na hora certa.
E me faz prever meus sonhos
E me faz querer o amor...
Eu avanço e meço o espaço
Com os olhos infinitos
Eu caminho ao teu sorriso
Tenho teu nome gravado em minha mão...
Não chamem o poeta de poeta.
Ele é simples como a nuvem,
Que dá chuva e não tem cor.
Teu rosto sempre vem na hora certa.
E me faz prever meus sonhos
E me faz querer o amor...
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