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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

domingo, 15 de agosto de 2010

Chocolate




Poderias ter fumado menos,
Ter cuidado mais de tua saúde.
Contudo, se contigo, dessa vida não lamento
E demonstro a nossos monstros que o amor te amplitude.

Somos separados pela grade do despacho de bagagem
Da estação de trem.
Somos assolados pelos vícios e chantagens
(Mas tudo bem...)

Somos separados pela grade da linha do trem...
O muro vai ficando alto
À medida que amamos e driblamos o “porém”.
E bem hoje não vieste com teu salto...

“Não chore!”;
“Não me deixe, não me traia, não me troque”.
Conselhos de quem ama e de quem corre
Em busca da poesia, de meus hábitos e T.O.C.’s¹.

Chorei quando ganhei o chocolate
Que passaste, de presente, pela grade.
Tu pediste que eu sentisse o teu beijo ao prová-lo.
Chorei feito criança; num só brado,
Nosso coração, à nossa mente, decidia
Não dizer mais “tchau” e sim fundir os nossos dias.

Dormir e acordar no mesmo lugar...
Aferir, averiguar, e ter um só ponto de vista...
Sorrir e repousar em teu olhar
É o máximo desejo deste artista
Que dorme e acorda procurando tua imagem;
Que cresce e renova a qualidade de sua arte.

Pra quê chocolate quente?
Esperei pela estrela cadente.
Pedi e tu chegaste sem ter medo, sem vaidade...

Prefiro o chocolate que me deste de presente.
Guardo o papel que o envolvia — meu pertence.
E choro admirando a tua foz de sinceridade...

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