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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Falta

Acabara d'uma vez a tal da mágica do amor
Por mais que eu te dissesse ou pedisse por favor
Que não deixasse a minha pele ao Sol do ártico poente
E não vivesse à minha sombra ao Sol do máximo expoente.

Saí de casa brigado,
Sem dizer por que saí;
Sem saber aonde ir.

Saí de casa obrigado,
Por não ter com quem dormir;
Por não ter como sair.

Alguém sentiria a falta do adeus?
O que seria um tchau frente às nossas discussões?
Alguém mais morreria como os judeus?
Ou mataria como eles, a pauladas de jargões?

Estás ao meu lado em lado físico,
Mas bem distante na questão sentimental
Enquanto nos perdemos pelo tempo relativo
Da falta de tempo que é saudade magistral.

Embora eu não concorde, amo muito tua linguagem
Por não ter mais tradução;
Por não ter muita opção.

Embora eu só discorde, me arrependo das miragens
Do sabor do perdão;
Do teor do coração.

Teores ácidos, proféticos —
Ou macetes do mistério —
Formas, fotos atraentes
Que comprovam o presente.

Na rua, nunca sinto.
Sinto apenas saudade
Da tua forma de expressão;
De alguém a quem não minto;
De alguém que tem metade
Deste fósmeo coração.

Festas que só têm gente indecente
Festas que parecem atraentes
Às parcelas que detinham o poder do anonimato
E, hoje, não conseguem mais sair do estrelato.

Eu queria ver minha casa
Nem que fosse num só dia
Pra chegar perto de ti às falas
Que eu perco em ironia
Do destino,
Da paixão,
Do ser-menino...

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