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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Café-com-leite

[Um pedido de paciência...]

Ganhei uma só trégua da bebida tão cheirosa.
Caí de para-quedas, fui expulso de sua mora
E do leite com café não mais restou uma opção
Ainda bem que fui tratado pelo som do chimarrão.

Quando se organiza uma casa, os avessos dão-se aos lados
De quaisquer que sejam temas — sejam réguas ou compassos —,
De qualquer que seja o ângulo formado pelo esquadro,
De qualquer que seja o curso que o amor tem ministrado.

Assim surge uma família — tudo errado e ao contrário —,
E assim vinga a rebeldia (:) do prazer de ser otário
Por morar em nosso ar e dar, ao sonho, a porta aberta,
Por morar entre as paredes de um alguém que me detesta.

Quer ser café-com-leite nesse jogo enlouquecido de formar família.
Quero ter braços direitos nesse raio estarrecido de usar mangas compridas.

Chega!
'Tô de saco cheio!
Eu deveria ter nascido sabendo?
Não é correto que esteja aprendendo?

É errado que eu seja egoísta
Se, por esse dom, percebo e dou calor à nossa pista
De asfalto enregelado de ternuras tão concretas
Por janelas descobertas pelas portas entreabertas?

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