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"O gênio e a natureza fizeram uma aliança eterna: o que o primeiro promete, a segunda certamente realiza".
(Friedrich von Schiller)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nuvens do passado

Quando você fala dos meus mestres idiotas,
Digo que não é escolha ou mesmo falta de opção.
Nem, ao menos, é desejo de viver somente agora —
É ternura que me agrega e arrebata o coração.

E seus aprendizes que não custam nem um dólar?
“Quem eles pensam que são?”
Sempre lhe pergunto o que houve à sua porta
Pra que tudo que há de errado nunca tenha seu perdão.

Por que nunca me conta o que houve?
É grave tudo aquilo que ainda ouve?
É forte meu desejo de sonhar, de proteger;
São fortes os caminhos que levaram a você.

Não me abandone;
Não se assuste se eu pergunto do passado.
Não se abandone;
Não se ofenda pelos choros em que nado.

Perto dos três meses de revanche,
Vejo que viramos nossa mesa.
Sobre arquiteturas e desmanches,
Nunca mais nos preocupamos se haveria sobremesa.

Pois amamos um ao outro.
Juntos, fomos borboletas e besouros.
E seremos pela breve eternidade
Os faróis que ainda vibram às cidades.

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