Vamos já valorizar nossos momentos,
Pois, a cada micro-instante que se passa nas estradas,
É brochura de caderno que anuncia sofrimento
De viver para morrer sem deixar uma só carta.
Como deve ser morrer sem dar adeus?
Como deve ser a fé do nosso solo ateu?
Dúvidas eternas de uma mente tão sincera
Que se apaga noite afora sem apegos a promessas.
“Promessa é dívida”...
Aprendi — era uma vez — que é papel de vigarista
Que não paga por desprezo, até mesmo à fantasia.
Promessas sempre são feitas pelo forte devedor
Que destrói a todo o mundo e recorre ao seu Senhor...
(Adianta?)
Velhos frutos, contrabando,
Vêm armados com tamancos
E com saias das mulheres encharcadas de “idéias”
Cuja força feita às pernas dão inveja a centopéias.
Vamos já valorizar nossos momentos,
Pois a estrada, de repente, pode ter seu fim.
Com isso, nós perdemos movimentos.
Juntos dela, que driblemos nosso fim.
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